quarta-feira, 22 de agosto de 2012

FOLCLORE DE PATATIVA DO ASSARÉ


De conservar o folclore
Todos tem obrigação
Para que nunca descore
A popular tradição
Os homens de grande estudo
Como Mainá e Cascudo
Guardam sempre nos arquivos
Populares  tradições
Cantigas, superstições
E costumes primitivos  

Você caboclo que cresce
Sem instrução, nem saber
Escuta, mas não conhece
Folclore o que quer dizer
O folclore é um pilão
Garanto que também é
Uma grosseira cangalha
Aparelhada de palha
De palmeira ou catolé

Posso lhe afirmar também
Folclore é superstição
O medo que você tem
Do canto do corujão
Folclore é aquele instrumento
Para o seu divertimento
Que chamamos de berimbau
E também a brincadeira
Ritmada e prazenteira
Chamada maneira-pau

Folclore, meu camarada
Ouvimos a toda hora
É história de alma penada
De lobisome e caipora
Preste atenção e decore
Pois com certeza, folclore
Ainda posso dizer
Que é aquele búzio de osso
Que você põe no pescoço
Do filho para não morrer

É o apoio magoado
Do vagueiro na amplidão
É o festejo animado
Da debulha do feijão
Carro de boi e gaiola
E desafio, à viola
Do Cantador popular
E também a toadinha
Da ciranda-cirandinha
Vamos todos cirandar

Eu e você que vivemos
No nosso pobre sertão
Mutas coisas inda temos
Da popular tradição
Além de outras,o jirau
E a carrocinha-de-pau
Em vez de bonito carro
Que prazer, satisfação
A gente comer pirão
Mexido em prato de barro

E agora prezado irmão
Estes versos lhe dedico
Lhe dei alguma noção
Do nosso folclore rico
Não posso continuar
Pois nada pude estudas
De dentro do tema sadio
O resto lhe dirá tudo
Romão Filgueira Sampaio
Mainá e Câmara Cascudo

PATATIVA DO ASSARÉ





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